sábado, 9 de fevereiro de 2013





Todos estão agasalhados. Uns vêm em familia em busca da parte em falta. Outros acabam o turno e vão saindo enquanto se despedem dos que ainda ficam, mostrando que o dia a dia não será só trabalho rotineiro mas há também espaço para relações pessoais. Outros vagueiam como se o relógio tique-tasse como quem corre no ginásio sem de lá sair. Esses são os iguais a mim, mas que ainda tentam descortinar um local suficientemente confortável para passar umas horas.

Passar uma noite num aeroporto é coisa do pós 09/11. As lowcost apareceram e viajar de avião passou a estar acessível aos caretas também. Resumidamente é uma experiência cansativa que evita  um quarto de hotel por um par de horas e privanos de um banho rejuvenecedor pela manha. Na verdade, é um exercício mental bem forte para que o nosso pensamento vagueie por temas variados com toda a calma do mundo. Por vezes fazem-se amizades e aprende-se sempre qualquer coisa. Compilar experiência de noites nos hoteis "out of the loundge" daria um guia muito agradável de se ter à mão quer na planeamento da viagem quer na viagem.

Fazer esticar as nossas ações é um truque para baixar o nosso ritmo e deixar-nos levar pela noite pacata mas nunca silenciosa que aparece nos aeroportos. As lojas de roupa são sempre as primeiras a fechar, depois os restaurantes, os pequenos cafés, até que só as máquinas de vending ficam radiantes à nossa disposição.
Nesta altura, uma bebida e um chocolate para a noite tem que já estar connosco no nosso lugar. Um excelente lugar é um lugar almofadado, encostado a uma parede para termos privacidade nas nossas costas. Se for um canto melhor. Hoje em dia é muito difícil ter wifi de borla, mas às vezes há cafés que dão a password o que nos facilita imenso a noite. As tomadas eléctricas existem sempre, mas só nos aeroportos mais antigos estão em locais fáceis de nos permitir carregar as baterias dos telemoveis e computadores. Aqui no aeroporto de Bermen existe um sítio chamado "Rosso Expresso Bar" e enche-me a alma ser atendido em italiano pela familía que gere aqui no negócio. Também me lembro que a minha resolução de 2010 era aprender a falar italiano...parece que a resolução de aprender dinarmaquês em 2013 pode estar ensombrada. O expresso é "magnânimo"!

Por imposição legal, pelo menos na europa, durante um periodo da noite os avioes nao podem levantar nem aterrar perto das cidades, o que faz com que os aeroportos perto das cidades fiquem realmente calmos à noite. É uma calma absoluta se excluirmos todo o pessoal da limpeza que aparece cheio de energia, com carrinhos de esfregonas, baldes do lixo, e até pequenos carros eléctricos a encerar o chão. É um concerto do qual é difícil abstrair.

A minha aventura começou em Vejle no dia 22 quase perto das cinco da tarde quando a noite se tinha instalado com todo o vigor de quem festejou o pino do solstício na véspera. Estão menos dois graus e só dentro da estação de comboios se pode esperar mais de 15 minutos.

A primeira dificuldade é ser sábado e portanto o bilhete tem quer ser comprado na máquina. O menu em inglês tem as opções todas, mas só se pode pagar com cartão ou moedas as 215 coroas dinamarquesas. Pedir a uma dinamarquesa para pagar o bilhete com o seu cartão e aceitar o nosso dinheiro é o equivalente a um vagabundo dizer quer ir jantar a nossa casa. Perante tal pedido, não se pode recusar, mas não é algo que seja fácil de se fazer especialmente porque não é de livre vontade. Temos pena, mas eu precisava do bilhete até porque na Dinamarca há sempre revisor nos comboios.

Dois comboios depois e estava em Sønderborg onde aparentemente só estavam -1C...mas o vento transformava numa sensação de -11C segundo o weather.com. O vento ora varria a neve de cima para baixo como a varria de baixo para cima. O André Godinho está só a uns minutos, mas tenho que me esconder por detrás de um telefone público para tentar cortar o vento. O André vivia no RasmusRask em 2007 e dada a distância até ao CMK só mesmo nas festas grandes é que nos iamos encontrando. A verdade é que naquele ano de 2007 ficou para sempre uma máfia com tentáculos por toda a europa que atualmente já chegam à america latina e não vejo que vá ficar por aqui.

Acabadinho de chegar de dois anos em Benjim, o André está de volta à Dinamarca onde já faz vida de casado com a sua ex-namorada de 2007, a Luzia.

Aterro em casa deles para dormir e acabo por ter direito a jantar e pequeno almoço. Às sete da manha o carro alugado na alemanha uma semana antes, mas ainda usado ontem à noite, está completamente coberto de neve com uma espessura de 3 a 4 cm. As estradas estão transitáveis, mas vai ser uma viagem com calma e muito vento.

Acabamos por chegar a Hamburgo a tempo do voo deles para Lisboa e claro eu tenho o dia por minha conta em Hamburgo antes de apanhar o BUS às três da manha directo ao terminal da Ryanair em Bremen e bem a horas de fazer o checkin.

A Hamburgo fico impressionado com as estação central, mas preocupo-me mais encontrar a estação de autocarros mesmo que tenha visto que ha cacifos para a minha minha já longa companheira nestas viagens EASTPAK.  Se calhar devia dar-lhe um nome, mas a verdade é que também é devido o tributo à marca que faz malas que aguentam tão bem os milhares de km que a minha já fez e continuam imaculada como se tivesse um mês de uso.



A estação de autocarros está ao alcance visual uns 300 metros ligeiramente à direita para quem está de costas para a estação central. Está a chover e a neve tira o seu disfarce e afinal é gelo a fugir para a água com traços de lama. Estou mais preocupado com as minhas sapatilhas do que com a EASTPAK que ora rola, ora navega sobre o gelo ora sobre os passeios empedrados, ora sobre o asfalto. A estação de autocarros é ao ar livre com uma grande cobertura de vidro e uma pequena zona para os agentes e os seus minúsculos balcões. Há um grande placard que mostra as partidas e lá fora ao frio cada cais de embarque tem o seu placard. Em lado nenhum há previsões do meu BUS das três da manha, mas percebo que há alguma coisa estranha porque não vejo nada sobre a empresa à qual comprei o bilhete online. Fiz uma pesquisa no google com hamburg+bremen+ryanair e cliquei no primeiro resultado, criei um mbnet, paguei 16euros e imprimi o bilhete. Confesso que fiz uma pesquisa na wikipedia sobre a empresa e não me inspirou muita confiança mais fui no "arrisca tudo".

Tenho muito tempo porque o meu voo é só no dia seguinte. Rapidamente pesco um segurança e confirmo que a empresa é desconhecida. No balcão da berlim qualquer coisa, dizem que não sabem dar informacoes porque não sabem mais do que o que eu vi na internet. Em poucos minutos há já uma comunidade unida e meia organizada que usa o espanhol para confirmar que todos temos a mesma historia. Bilhete comprado na net há poucos dias. Há quem já tenha feito este trajecto com esta empresa e confirma que aparecia sempre no placard. Hoje nao aparece e ao contrario de mim quase todos têm voo para Alicante às três da tarde e o BUS do meio dia e cinco nem está anunciado nem aparece. Há um porta voz eleito por ser mais velho e ser alemão. Veste bem e nota-se que usa a via diplomática ao telefone. Há um cowboy alemão que fala espanhol porque já viveu em espanha varios anos. Este compreende a cultura e tem um pouco do temperamento latino. Quando fala com os almeães consegue transmitir a frustração do grupo. Rapidamente, até porque o tempo é limitado para a maioria, o "diplomata" é requerido para chamar um taxi de 9 lugares. Mal a chamada é terminada, o pedido passa para dois taxis de 9 lugares. Ponho-me à disposição para entrar na partilha do taxi se fizer falta para completar um dos taxis. Tenho tempo para comprar um bilhete de comboio, mas um taxi partilhado é uma aventura mais difícil de conseguir e a ultima vez que o fiz passámos um "rouge" e cheguei mesmo a tempo de ser o último a fazer checkin, a passar a porta de embarque e finalmente a entrar no avião. Toda a gente sentadinha à minha espera: foi bonito!

Acabo por ficar em Hamburgo e conhecer o João, um Português que ... é da FEUP. Está em Hamburgo a fazer a tese de mestrado e vai como eu para o Porto. Juntamente com o cowboy, que também tem tempo, ficamos à espera do BUS que agora aparece como vindo do aeroporto num dos cais. 

O motorista é naturalmente alemao e naturalmente não faz grande esforço para falar em inglês, pelo que deixo o cowboy "do the talking". O motorista está com pressa e vai para o aeroporto nos próximos instantes. Eu entro agressivo porque quero saber se vou ter autocarro ou não, mesmo já tendo decidido que não vou arriscar ficar até às três da manha para ter a minha confirmação. O motorista tenta pegar na minha mala e mete-la no porão do autocarro, e claro, faço-lhe finca pé ao que ele me responde: "Bremen!!" Acho que este é o autocarro que devia ter vindo uma hora antes e o motorista está visivelmente incomodado com o facto de não estar a cumprir o horário.

Jogo a meu favor e pergunto-lhe pelo autocarro do meio dia? Ele mostra-se impaciente e indaga-me : "Bremen?! NOW!" Ao que lhe pergunto o que é faço com o meu bilhete para o induzir em erro, deixando-o acreditar que o meu bilhete era para o meio dia e não para as três da manhã. Empresas lowcost têm clientes lowcost! Ele está desconcentrado e pensa que não tenho bilhete e diz-me que compro dentro do autocarro. Digo-lhe que já comprei bilhete na net e tenho então a ordem dele para entrar no autocarro. TUGA 1 - MERKEL Soldiers 0! Acabei de trocar um bilhete que não ia usar por um bilhete last minute duma cidade onde a chuva não me ia deixar ver nada para uma cidade chamada Bremen!

Arrancamos do cais e com uns 20metros percorridos ouve-se uma buzina e a lei de murphy é cruel com o pobre do motorista. Dois autocarros, o nosso de uns 50 lugares e um autocarro gigantesco de três partes acabam de bater. Aperta a fome ao nosso motorista e ele grita por "xixa"!! Não percebo estes alemães!! Sai do autocarro e passado uns cinco minutos vem a espumar-se...o outro motorista quer chamar a polícia mesmo que seja só um espelho partido no seu autocarro. Meia hora depois lá chegam a um qualquer entendimento e arrancamos para Bremen.


Uma vez em Bremen eu e o João vamos ao centro que parece que vale a pena com o bónus de haver um mercado de natal. O centro de Bremen é qualquer coisa...tenho que cá voltar com menos gente para conseguir desfrutar da cidade. Parece ser um destino de fim de semana bastante bom.




Christmas Tree at Bremen City Center


Panoramic from the Xmas's Market at Bremen


... to be continued..or not.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Quase  5 anos depois as rodas detrás do avião tocam no chão, a trepidação sente-se pelo corredor fora enquanto centenas de metros de pista voam por baixo de nós. O trém de aterragem da frente toca no chão, os motores são invertidos e estamos de volta onde tudo começou. Dinamarca !

"Onde é que queres estar daqui a 5 anos?" Tive que responder a esta clássica pergunta, precisamente numa aula de gestão em Odense. Em cinco anos desejava o curso acabado e um emprego já com alguma experiência. E é precismamente nessa condição que estou hoje de volta, com mais de dois anos de experiência no mundo de trabalho e um novo emprego à minha espera.

A minha decisão de mudar não foi uma decisão abrupta nem consequência de uma só causa. Sonhar, planear e alcançar são momentos que podem anteceder tanto o sucesso como o insucesso. Qualquer que seja o emprego haverá sempre gente que se encaixa, gente que não se encaixa. No meu caso sei que encaixava bem na EFACEC, e acredito que posso encaixar ainda melhor na SIEMENS.

A Ryanair volta a ser a companhia escolhida, não pela sua qualidade ou preços, mas porque é a que realmente tem uma oferta infindável de voos, com inúmeros destinos e bastantes horários.

O plano é voar do Porto para Bergamo e daí para Billund, mesmo ao lado da Legolandia. :) As regras se calhar mudaram, porque eu já embarquei só a dizer o código do bilhete, mas desta vez, mais uma vez tive que ir imprimir ao que já não se chama Espaço Cota. No natural reboliço, nunca seleciono a impressão a preto e branco.

Xixi da viagem, carregar o telemóvel no ATM de sempre e check in feito. Não procuro indicações sobre onde é o terminal, porque este terminal começa a ser mítico, não para mim, mas para centenas de jovens que vagueiam pela europa à procura de melhores estudos, melhores férias e cada vez mais, melhores empregos.

Voamos há já imenso tempo e eu vejo umas séries no ipad. Noto alguma agitação nas cabeças e percebo que devem estar a fazer algum aviso aos altifalantes. Ignoro no primeiro momento, mas sou sacudido da minha indiferença pela gravidade a empurrar-me lateralmente!! Agora ambas as filas espreitam sincronizadamente com o movimento do avião enquanto eu tento tirar rapidamente os phones, o que faço a tempo de ouvir "Bergamo". Ora muito bem, já vamos aterrar!! Mais de uma hora depois calculo eu, a hospedeira acorda-me e diz que vamos aterrar. A Italiana ao meu lado explia-me que estivemos a voar aos circulos e que não podiamos aterrar. Questiono-me se a razão de tal situação provinha do nosso avião ou de algum problema no aeroporto. Num instante estamos com as duas malas de porão, a bagagem de mão e alguma fome, no terminal do aeroporto. É demasiado cedo para fazer checkin e tenho que arranjar onde almoçar com as malas e ficar a ocupar a mesa por mais tempo.

Rapidamente o tempo passa e estou sentado a ver o Padrinho I enquanto a sala se prepara para encher de gente, principalmente Dinamarqueses provavelmente reformados que vieram a Itália gastar as Krones.

Billund, na verdade achava que já tinha estado neste aeroporto, mas agora que olho para um aeroporto moderno, grande e espaçoso sei que estive foi no aeroporto de Aarhus. É segunda feira, e ainda não são 19:00. Houvem-se os passos de uma senhora que está a uns 50/80 metros de mim, o aeroporto parece um aeroporto fantasma. Tento levantar dinheiro porque o bilhete de avião tem que ser comprado no próprio BUS. Cai, e havia de continuar a cair, uma chuvinha molha tolos que me faz ficar abrigado à espera que o cais 8 seja preenchido por um autocarro com destino a Vejle.

Ainda o autocarro não parou e eu já vi o edificio da SIEMENS. :) Não passou uma horita desde o aeroporto e a chuva continua a cair e eu não tenho mapa para me orientar mas sei que é perto. Tenho três malas, duas com rodas e um oldfashion saco da Goldman que teima em não se segurar no topo da minha super mala da Sansonite. Não é muito fácil andar nestes passeio a fazer equilibrismos e a chuva está mesmo a atrapalhar. Encontro com alguma facilidade o Australia Hotel onde peço indicações.





A PARVA da gaja enganou-me e mandou-me para o lado errado. Resultado só muito depois encontro o caminho certo e estou em frente à porta do hotel do qual vou apenas de precisar de introduzir o código na porta debaixo e o mesmo código na porta do meu quarto. Fácil, simples e confortavel. Há café e chá na "Kantine" do hotel, e só por sorte é que ao segundo dia via a rapariga que recolhe a loiça e faz a limpeza dos quartos quando os hóspedes deixam o hotel. É um intermédio entre hostel e hotel. Não mudam as roupas todos os dias, mas um quarto não é uma camarata. Gosto do conceito!


Tenho dois dias para passear pela cidade e para ver se gosto da casa onde agora escrevo o post. O meu primeiro dia na Siemens também o é para outros colaboradores. Uma pequena empresa de aerogeradores, com 400 trabalhadores foi há poucos anos compradas pela Siemens e somos hoje mais de 8000. É um desafio para a organização e para a gestão. Os genes Alemães e a necessidade provavelmente fazem com que na recepção seja atendido com uma eficácia mordaz e em segundos o meu Manager está a descer as escadas. É-me dado o meu cartão de acesso com o respectivo suporte e pendura que sinaliza também que sou colaborador da siemens e não externo. No primeiro andar os convidados podem aceder às diversas salas, mas no segundo piso apenas à cantina e daí para cima só fitas azuis ou vermelhas. A cada andar, um torniquete obriga ao uso do cartão para aceder às diferentes áreas. Camaras e sensores identificam paralelamente quem está a usar o cartão.
Sou convidado a tirar de imediato uma fotografia mais informal para o organigrama da empresa. Subimos então ao segundo piso, e por fim ao terceiro piso onde rapidamente sou apresentado a quase toda a equipa de engenheiros eléctricos e também à Signe. A Signe é provavelmente a pessoa que eu mais chateio e a quem estou constantemente a interromper e a questionar. Na KEMA chamavam-lhe "middle office" e eu nunca os vi. Enviava emails e as coisas aconteciam. A Signe é igual, mas está ali ao lado.

É-me explicado o conceito de secretária livre, onde o primeiro a chegar escolhe uma qualquer secretária e liga o seu PC à dockstation. Em cada secretária há um monitor, uma dockstation e um replicador de portas (que funciona também como uma dockstation). No final do dia, a secretária volta a ficar vazia. Há pelos vistos mais 25% de colaboradores do que secretárias, e eu num mês inteiro nunca tive problemas em encontrar um sítio para estar. Delicio-me com duas dockstations em cada secretária, uma para eu ter em casa e... nada mais nada menos que secretárias eléctricas que sobem e descem com a delicadeza de carregar num botãozinho apenas. Eu que nunca consegui a dockstation que pedi na Efacec, e só tive uma mesa mais alta porque coloquei quatro tacos de madeira debaixo da minha mesa, ... tenho agora a prova que estava certíssimo. Eu já o sabia, claro! Quando estamos certos é muito fácil sabê-lo, e só fica complicado quando estamos errados, tudo porque por vezes também não deixa de nos dar a sensação de estarmos certos.

Falta apenas um elemento da equipa de engenheiros electrotécnicos, e junta-se a nós os quatros a Signe e nada mais do que o chefão do departamento do departamento de Offshore Engineering para o pequeno almoço de boas vindas. Começou aqui a minha engorda.

Voltemos ao momento em que sou guiado até ao meu cacifo onde já está o meu nome colado e no qual tenho um pack de boas vindas que vai desde uma caneca da siemens, até a uma dockstation para ter em casa, passando por um galaxy S II, um rato sem fios e um headset bluetooth. Tenho também duas prateleiras com o meu nome para guardar um saco que no primeiro dia ainda estava vazio, mas que onde agora está o meu equipamento de segurança.

Vamos ao 4º piso ver como está a andar a preparação do meu PC. É-nos dito que só daqui a meia hora vou poder ter o PC. Aproveitamos para uma "safety walk" pelo edifício para regras e noções básicas. Indicar onde e como estão assinalados os extintores, o que fazer em caso de alarme pode parecer uma perda de tempo dada a improbabilidade disso vir a acontecer fora de um simulacro. A verdade é que na sexta feira passada houve um alarme real de incêncio e o edifício foi evacuado em segundo com todo o sucesso que se pode esperar.
And time to London calling Viajar enche-nos a alma, eventualmente esvazia-nos os bolsos, mas faz-nos felizes!

É inevitavel, pelo menos até à data, mas para mim dormir em locais improvaveis, em condicoes improvaveis deixa-me com um sorriso satisfeito.

Algures num Enterro em Braga muito antes da Holanda ou da Dinamarca foi aberta a porta para este post. O Chocapic conheceu a Maria (nome fictício a pedido da vítima) A Maria acabou o curso, foi para outra cidade e alguns anos depois (em 2012) disse adeus ao trabalho seguro, bem pago, bem visto, bem cobiçado e veio para Londres. Estamos já na segunda casa da Maria e em breve vai para a sua nova casa. Esta é uma verdadeira casa de forasteiros. Não parece imperar grande regra senão o apelo constante à tolerância. Percebo que o ambiente é semelhante a um trapezista que caminha em direcção à grandeza do sucesso com a certeza que o falhanço lhe aguarda o abraço.

É demasiada gente, demasiados convidados e provavelmente demasiada rotatividade entre os que ficam e os que partem. Este espaço não vai ficar para o ano seguinte e já não há preocupação em fixar a fuga de água no quarto de banho. Chegámos tarde e já toda a casa dorme. Aqui todos vieram para Londres para trabalhar, à procura de muito. Compreensivelmente todos lutam para juntar dinheiro e manter a busca de um emprego menos precário e mais na sua área, em Inglaterra.

Apenas o graffiter parece fazer o que gosta. Todos os outros trabalham para manter o trapezista sem cair.


Londres prepara-se para os jogos olímpicos, mas a chuva não pára. A cidade está em obras sempre constrangedoras para o dia a dia, mas a capital britânica tem já cálo de receber milhões de turistas, e por isso a grande diferença está na requalificação da zona mais degradada.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Batem à porta. Nao é oportuno digo eu. É para saires de casa, e deixares o teu quintal - encantam-me.

 No mesmo dia, a horas improprias, bato à porta por engano. Peço desculpa e sigo o meu caminho. Ontem era Sexta, dia 18 de Maio. Hoje a Ana Paula voltou a bater-me à porta. Norte ou sul, indaga-me ela parasaber se voua uma ou outra empresa de testes psicotecnicos. Pede-me tres horas, e fresco logo pela manha. Até ao final da semana, comprometo-me eu. Afinal é para deixar o quintal. Ontem começou ou um passeio, ou um sonho. Com a idade, e eu nao tenho nem muita nem pouca, os sonhos começam a ser cadavez menos. O balanço de uma vida terá sempre em consideração as oportunidades. Se os que nos esperam neste mundo fazem as nossas primeiras oportunidades, somos nós aos poucos que vamos, ou não, criando as nossas oportunidades. Criar oportunidades além de não ser fácil, é algo que se pode entender como uma distribuição normal. Há uns, poucos, que com poucas portunidades criadas, alcançam o sucesso. Outros, a grande maioria, tem que gerar um número razoavel de oportunidades para o mesmo sucesso. Outra minoria, a quem tudo lhe parecesair mal, tem que lutar e lutar para que tantas e tantas oportunidades resultem em sucesso. Analisemos a mesma ideia, introduzindo um novo eixo: a qualidade das oportunidades e a qualidade do sucesso. Se tivermos muitas oportunidades de muita qualidade estaremos sem dúvida num grupo restricto. Se gerarmos poucas oportunidades e de fraca qualidade, felizmente também estaremos num grupo reduzido. Num grupoonde o sucesso aparece depois do expediente. Este post é sobre sobre um CEM número de coisas, mas essencialmente sobre a oportunidade de sair do quintal para uma oportunidade de qualidade. Uma de várias, que faço para que sejam muitas.

E porque nem todas as entrevistas correm bem, esta nao deu origem a uma partida para Macau. Nao percebo como a EDP contrata empresas para as entrevistas e testes psicotecnicos onde as pessoas nao estao disponiveis para começar a trabalhar às 8, marcam para as 8:30...e começam a entrevista quase às 9!

Acabei por nao ser selecionado.

Maia

Atrevo-me a escrever este post. O domingo esta escabroso e chuvoso. Fiquei por casa e finalmente varri e passei o chão a pano, o que na verdade já ninguém faz somente porque as esfregonas foram inventadas. Rodos e cotão e lixo foi rolando tijoleira a tijoleira e a casa acabou por ficar bem mais catita e acolhedora. Lá fora o dia passa enfastiado e pergunto-me como há gente que se emborrachou ontem e hoje trabalhava...

Faço um almoço espectacular como aprendi em casa da minha irmã. Apetece-me comer ate esbordar e avisar o xicote que vou fazer companhia a este domingo triste e choroso. Nao o faço e dai a nada estou a sair de casa em direcção à Praia dos Ingleses. O bom dos domingos chuvosos é nao ter filas entediantes no caminho para a foz do Porto. Na esplanada apenas a chuva se senta e levanta das cadeiras a ouvir o vento que empurra as ondas além no mar. Abro a grande e pesada porta do café e pergunto-me se haverá um puff para mim, porque mesas praticamente nao as há. Porque as coisas são para quem são, o meu puff laranja sorri para mim e o café sabe-me tão bem que fraciono os dragos na tentativa que este nao acabe. O mar está sem duvida a dançar ao som da música que aquece o ambiente ca dentro e marca o ritmo lá fora. As ondas são constante com presença mas se põem de crista a rebentar como se nao houvesse amanha. Haverá amanha, será cá no Porto, na EFACEC. A SIEMENS alemã acabou por cancelar duas vagas e ganhou a EFACEC. Ganhou a Efacec e ganhei eu uma nova velha cidade para viver mais uma etapa da minha vida.

sábado, 9 de outubro de 2010

Lisboa já começa a merecer um post !!

AViajar faz bem ao pensamento e ao equilíbrio mental. Não diz o Prof. Caramba, mas digo eu! Findadas que ficaram as férias com as suas festas, festinhas e festarolas de Fafe, ou então simplesmente desde que iniciei a minha procura activa de emprego, já visitei a capital quatro turísticas vezes. Se vos pareceu ouvir um fffff constante na vossa cabeça, ou estão a ler com atenção, ou viajam num barulhento e apertado inter-cidades da CP.
Convém esclarecer que este meu blog é o meu livrinho seboso das minhas aventuras por terras forasteiras, onde me esforço por anotar pedaços de momentos com dois objectivos. O primeiro, é consequência da vontade de partilha, mesmo que apenas com o vento, das coisas boas da minha vida. É que ter uma vida cheia de coisas boas e não as poder orgulhar é uma vida vazia. O segundo é, de longe a longe para já, e mais a miúdo quando for bem para lá de graúdo, poder entrar na minha frouxa cabeça e destapar do pó os meus neurónios memoriais despoletando uma vida viajada que terá já voado.
Viajar de transportes públicos tem prós e contras que qualquer um identifica de uma forma mais ou menos trivial. Todavia, e não é de agora que sinto tal, viajar segundo horários dos transportes públicos, com o natural tempo prévio na estação ou aeroporto, a preparação no dia anterior para planos alternativos, os atrasos e tudo mais, faz-nos baixar como que o ritmo biológico e concentrar em viver a vida fora da rotina, do previsto e do certo. A frustração de estar preso num comboio liberta-nos para o pensamento mais relaxado e calmo que nos leva à serenidade de estar num comboio onde a maior responsabilidade é saber do bilhete para mostrar ao revisor, ou saber que o nosso destino final é o fim da linha e por isso não vamos sair na estação errada.
Mas então, porquê Lisboa para um post? Se tem encanto sentir o passar cadente das travessas da ponte sobre o Douro, ainda o sol não nasceu e nos enche de orgulho o casario que vai da ribeira até à foz, então como descrever aquele brilho colectivo nos olhos, no fim de mais uma semana de trabalho, com que todos os passageiros parecem estar perfumados aquando do regresso ao Porto? As cortinas afastam-se, os sonolentos despertam, o senhor da janela dá espaço para que o do corredor consiga contemplar, que consiga o do outro lado do corredor e ainda o da outra janela. É um orgulho nacional atravessar o Douro com as Guimarães no horizonte.
Hoje o vento sopra de um lado para o outro, empurrando a chuva ora para um lado ora para o outro e o sol está cinzento e escuro, mas ao atravessar o Douro vou tirar uma foto para me lembrar do dia em que a Dinamarca foi ao Dragão perder contra a nossa selecção.
Posto este desígnio que no norte é-se mais Português, esclarece-se a declaração de Lisboa como cidade forasteira!
A primeira viagem era só para deixar claro a mim mesmo que quando se está à procura de emprego deve-se ser profissional, isto é, é da procura de emprego que se vive. Confuso? Procurar emprego hoje em dia apesar de ser uma tarefa bem mais complexa que há quarenta anos, é bem mais simples. Há quarenta anos havia trabalho para todos e quantos mais filhos mais trabalho se podia satisfazer. Depois veio a eficiência e a mania que uma pessoa podia fazer o trabalho de cinquenta e ninguém se apercebeu que os 49 restantes teriam o fado de fazer o trabalho de 2450 e assim foi criada a máquina do estado onde há milhares de pessoas que nada fazem porque pertencem aos 49 que têm uma pessoa competente e munida das mais modernas ferramentas de trabalho a fazer-lhes o seu trabalho.
Hoje em dia é lixado ser-se esse gajo que tem a pinta de saber o que faz, como se faz, e que engendra grandes soluções e planos para que a sociedade seja cada vez melhor. A parte fácil é a internet, inventada pelo 1 dos 50, que nos permite estar em casa às 5:30 da manha, em pijama e na nossa caminha a inscrever-nos em empresas de recrutamento.
NR – O autor não põe de parte ser gestor duma PT e de longe a longe ter que ir a umas comissões de inquérito dizer umas babozeiras e voltar depois ao seu escritório no parque das nações.
Factos históricos à parte, foi uma dessas empresas, a HRprofiler, que me ligou para uma entrevista em Lisboa. Depois da aborrecida negociação, lá consegui saber que a empresa a recrutar era a SIEMENS e o trabalho – estágio profissional – era para a área de automação. Automação não é propriamente o que me fascina… 5 amperes para mim é corrente de fuga e trabalhar com 0,01 amperes… bem é corrente na mesma pensei eu. Lá agendei, ou perceba-se, marcaram-me o dia como se da matança do porco se tratasse.

(...) Dali aos escritórios da HRprofile são dois minutos e a entrevista correu tão bem que a meio da mesma comecei a sentir umas trocas de olhares entre a mulher que me entrevistava e estava à minha frente e o homem que havia ficado atrás de mim. Já começava a ocupar o meu pensamento com cenas dignas de Dalí mesmo ali atrás de mim, quando a mulher resolveu interromper a entrevista. Conferenciaram comigo ali na virtude – ai que eu sou tão convencido!!! - e facilmente concordaram usando meias palavras e frases incompletas que me iam transferir para outro recrutamento, também da SIEMENS. Ainda hoje estou para perceber se o que me aconteceu foi mesmo real, ou se fazia parte de um plano conspirador contra mim para captar a verdadeira essência da minha pessoa, avaliando-a como eu nunca a serei capaz de descrever.
A verdade é que no mesmo dia fiz os testes psicotécnicos e mais treta daqui, treta dali, outro candidato à mistura e tal e estava de volta com o JA ao Porto, agora como candidato a um lugar na SIEMENS MOBILITY.
Dias depois lá me congratulam sem grande entusiasmos de parte a parte que fui bem sucedido nos testes psicotécnicos. No dia em que os testes psicotécnicos ditarem o meu afastamento duma selecção de emprego, é um bom dia para ler o meu blog e recordar os meus dias repletos de sanidade mental. Entrevista marcada e lá vamos nós desta vez sem a ajuda do JA.
Para provar que Lisboa é realmente uma cidade forasteira está a necessidade de arranjar dormida em casa do Hugo, o gajo que o Tim dos Xutos queria ser!! Fomos juntos de AX até ao Porto e daí partimos pela Europa fora de comboio na nossa grande aventura…ah.. pois, é a ida a Lisboa.
Pode-vos parecer estranho, estúpido e de quem nunca viu melhor, mas dormir no colchão do sofá emprestado no chão traduziu-se numa bela noite de sono onde não houve lugar sequer a ansiedade e lá acordei eu cheio de energia, vontade e confiança para ir de fato e gravata à SIEMENS em Alfragide. Como aventura que é, lá fui a pé, de metro e de táxi até ao destino. Cheguei imensamente cedo, mas nunca ninguém saberá, porque fui dar um passeio ali por perto, fazendo horas. Na entrevista lá tivemos que nos apresentar, provando que sabíamos falar em inglês e demonstrar que eramos gajos cheios de potencial para Siemenar!! Depois lá veio a muito em voga “dinâmica de grupo” a fazer lembrar o “house meeting” que me tive que sujeitar em Arnhem para convencer os meus agora ex-companheiros de casa que eu era melhor que os demais ali presentes.
Correu bem. O problema era sobre mercados energéticos e só me apetece partilhar o emproado pensamento: Além de mim, ninguém fazia a mínima ideia do que estava a falar, e houve alguém na sala que deu conta disso e deixou transparecer um sorriso após uma das minhas intervenções.
Formalidades cumpridas, esquecido o cartão de visitante em cima da mesa e recuperado o cartão de visitante que estava, lá vim embora. De carro! Se duas horas e meia dão para os psicólogos conhecer os candidatos, também as mesmas duas horas e meias deu para eu criar empatia suficiente com um dos candidatos que me ofereceu boleia até ao Marquês. Foi Deus a retribuir a boleia que eu dei ao Alemão no fim da entrevista da GALP há uns meses atrás. Este era Português, mas vive em Itália, trabalha para Worlpool e não queria vir para Portugal para fazer um estágio. Menos um, portanto. ;)
Já de banho tomado e lá fui eu ter com a Clarisse à estação … do marquês… Sei lá, uma pessoa no estrangeiro perde-se um bocado, né? ;). Tomámos o nosso drink enquanto esperávamos pelo Astronauta, e pelo Diogo e sua dama. O Diogo é um dos poucos gajos verdadeiramente espertos da Feup e que está a viver a sua primeira semana em Lisboa depois de ter conseguido um cobiçado lugar como trainee na… GALP!! Aquele primeiro recrutamento que eu fui, e queria mesmo ter conseguido o lugar. (Pelo menos até à conversa no jantar..)
Dali ao pátio interior de uns prédios foi um instante e em pouco tempo e muita fome lá estávamos nós a degustar-nos, felizes e faladores, com uma pizza cada um. Calzone… provavelmente a minha pizza favorita. Cebola e Atum, Capriciosa e Calzone, são o meu TOP 3.
Dali fomos tomar café a um tasco já com as coordenadas do bairro alto no nosso sistema para o passo seguinte. A Clarisse cortou-se e não quis pagar um copo, prometendo por tudo que de melhor tem na vida que me pagaria na primeira oportunidade, não foi mon petit?! Deixa-te andar… não aprendas a cozinhar, mas cozinhar mesmo, e não me convides para um jantar mundial no teu appartment.. não não…
É uma boa oportunidade para deixar aqui então na minha sebentazinha que um dia, estudava eu no ISEP e fui jantar a casa de uma miudinha, loirita, gorduchinha – agora podre de boa ;) - e muito simpática que me prometeu um frango de sal. Nem me passando pela cabeça que fosse realmente um frango de sal - só conheço frango de frango ou frango de barro e até esse foi promovido a galo – nem sequer me preparei psicologicamente para o que aconteceu naquela noite. Só não chorei, porque Deus fez as lágrimas de água e sal … e eu não podia alocar uma molécula de água para tarefas menores.
Ainda hoje a Clarrisse e a Ana juram a pé juntos o frango calhou mal, mas podia ter ficado comestível. Se o frango tivesse 2 kg, então foi envolto em 4 kg de sal, e teria ainda mais 1 kg nas suas entranhas. É impossível haver tamanha receita, nem a Lurdes Modesto!!
Clarisse, não te rias assim, que a Novabase está a ver-te!!
E tal, como o post que escrevi quando ia de Odense a Aarhus, também este vai ficar pelo meio que a viagem está acabar e as palavras há já muito que não saem com o mesmo encanto. Vale-me que daqui a nada já vejo o Douro a sorrir para mim.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Canárias


Férias 2010, Gran Canária.

Foto de uma passadeira que liga um passeio a uma palmeira rodeada de relva.


Imobilizo o AX logo após um taxi que está na primeira porta rotativa. É a porta mágica. Depois da porta, logo ali uns metros adiante estão os balcões da ARRIBA dos ares: a RYANAIR.

Eu e o meu irmão tiramos os nossos pertences e necessários enquanto o Xicote sorri por ter a chave do meu carro na sua mão. A polícia está logo ali, mas findados que estão os votos de boa viagem e as recomendações para com o carro, o Xicote acelera várias vezes em falso com a sua melhor cara de gozo e arranca com moderação no gás mas com a mão na buzina. As férias vão começar.

Acabámos por nos atrasar um bocadito, mas ainda temos tempo para o check-in. Temos uma bagagem de porão, com 12 enganadores quilos, uma mochila de proporções sérias e honestas, e uma mala escandalosamente pesada e volumosa que rola pelo pavimento do Sá Carneiro.

Não há fila para os balcões e o meu irmão decide que é o seu momento para o "xixi para a viagem". Não foi demorado, mas na sua curta ausência uma enorme fila de pobres viajantes acomodou-se e isto afinal já vai demorar.

De um modo rotineiro e também de quem já nem se lembra quando foi a última vez que Ryanairou, pousamos os BIs e as folhas do voo em cima do balcão. Como voo "doméstico" que é, o check in deverá fechar 40 minutos antes da hora do voo, e estamos a menos de uma hora do voo. O rapaz simpático, contudo prestes a ser uma besta, pergunta-nos se fizermos o check-in online ao que confirmamos em uníssono. A eminentemente besta, confirma as folhas onde está o código da reserva e olha para os nossos nomes nos BIs. Estamos a instantes de ser informados que o nosso check-in não foi feito.

Apanhados de surpresa, incrédulos mas certos que é naturalmente e unicamente um mal entendido, reiteramos que fizemos o check-in e damos o Benfica como garantia que temos a certeza absoluta que fizemos.

Adicionando Fátima e a Amália na garantia, a besta aconselha-nos a deslocar ao "Espaço Cota" e imprimir o comprovativo do check-in afim de evitar a cobrança de 40 euros por bilhete. Grrrrrrr!!! Confirmo que poderemos passar a fila à frente para finalizar o nosso check in e lá vou eu e o meu irmão para o Espaço Cota para imprimir a confirmação do check-in através do site da Ryanair.

No Espaço Cota há um guiché onde estão duas gajas na treta e que se mostram relutantes em se despachar e colaborar no nosso sprint para não perder o raio do avião. Aceder à net são 2 euros ou 2,5 euros e para imprimir outro absurdo que um dos meus hemisférios cerebrais já recalcou sendo agora impossível aqui descriminar. Ok, contas por alto, imprimir uma merda duma folha vão ser p'raí 5 euros. Que se .... é para não sermos xulados em 80 euros, compensa.

O meu irmão nem sequer percebeu que podíamos usar a internet, tal foi a complicação explanada por uma das raparigas do espaço cota. Lá nos sentamos em frente a um semelhante aos 486 e o meu irmão introduz a chave para activar o computador, enquanto a rapariga, crente que somos do meio do mato, quase que nos explica como usar o rato e o teclado.

Num ápice temos o mail de confirmação da ryanair aberto e a página para imprimir a confirmação do check-in. Tanto o tínhamos feito, que o site diz que foi feito e que o podemos consultar. Na pressa voltamos a imprimir os códigos de voo, porque é tudo que vemos disponível para imprimir. Apresso-me à besta e mostro-lhe as folhas idênticas às primeiras. Venho para trás com a certeza que vamos ter que mostrar outra coisa qualquer se não queremos pagar os 80 euros.

O tempo está a passar e o improvável dá-se. Uma das raparigas do espaço cota, interpela-nos e questiona-nos:

"Desculpem, mas eu tenho que perguntar. Vocês não são ... de Fafe?"

Estamos encaralhados com a situação do check-in e entre fazer amigos ou inimigos, votamos nos primeiros, confirmando a nossa naturalidade. A rapariga diz lembrar-se da cara do meu irmão e diz que é irmã do Tiago, como que se Fafe fosse o café central e algumas bouças em seu redor. Na evidente falta de dados lá lhe sai:

"...do Tiago Ferreira!" :)))))))

Do Xixa, apeteceu-me a mim exclamar!! Já não pagámos as cópias erradas e lá conseguimos encontrar a confirmação do check-in de regresso. Voltamos ao balcão da besta e dali vamos ao balcão onde toda a gente paga o quilos extra. A fila é enorme e só uma pessoa está a atender.

O tempo está fugir e o meu irmão diz-me para eu ir perguntar a mulher que acaba de se sentar para também atender a longa fila. Eu questiono-me porque é que vou eu e não vai ele, mas o timming certeiro pode a qualquer momento esfumar-se e avanço a fila toda com determinação.

Explico a situação duma forma simples, clara, amigável e com um tom de quem está de boa fé. Da mulher obtenho uma resposta simples, clara, FIRME e num tom de quem está farta de artistas.

"Se fez o checkin online, o meu colega tem que ter na lista. Se não fez, tem que pagar!!"
Como cada um vai à caça com o que tem, agradeço-lhe a informação e voo para o balcão da ryanair. Posiciono-me ao lado do seguinte passageiro a ser chamado, dando tempo e espaço para o passageiro que está a ser atendido o seja. A besta do balcão não me parece ter visto e manda avançar o passageiro seguinte na fila. Aguardo, não me deixando de posicionar melhor. A minha mudança de pé faz enfurecer uma rapariga na fila que sai disparada a mim com o indicador espetado no ar questiona-me se estou na fila? Nada melhor do que uma gaja a armar escândalo para que a besta olhasse para mim, por isso desviei-me da mira da rapariga e olhei para a besta dando-lhe o direito de resposta à situação criada no balcão dele.

Resultado, a rapariga lá voltou ao grupo de amigos com uma derrota nas trombas e a besta chamou-nos logo de seguida. Agora sou eu que estou disposto a armar confusão e digo-lhe de uma forma clara e firme como a mulher do outro balcão me disse:

"A sua colega diz que se fizemos o check-in online, os nomes estão aí, se não tivermos feito temos que pagar. E eu GARANTO-LHE que fizemos o check-in online!!!"

Perante uma segunda confusão eminente e a minha determinação em armar confusão, a BESTA corre a lista à procura dos nossos nomes, pega no telefone, marca um número rápido e pede a alguém que lhe traga dois bilhetes. Trinta segundos depois temos o check-in feito e os bilhetes na mão. Tanto trabalho e confusão, e o processo podia ter sido simples e eficaz à primeira.




Já no avião, o problema está na quantidade de bagagem de mão que está abordo. A tripulação faz como que um jogo de puzzle a ver qual a melhor combinação para arrumar tanta mala. Puramente na perspectiva de nos despacharmos, levanto-me para ajudar a hospedeira que faz equilibrismo com uma mala por cima da minha cabeça. Tudo pronto vamos lá de férias!!!



to be continued, or maybe not.



domingo, 23 de maio de 2010

Gratzie Berlusconni!

Just after Inter won Champions League I sent a SMS to our great friend Fabiano!

"Bravíssimo!! :) What a fuck good coach!! The best... Di specialli!! I told u long time ago he was the best!! Congratulations tiffosi!!:)"

Fabiano reply:
"Ciao Alex!!!!!!! Maybe you are right and he is the best... or maybe it's just because italians are the best of the whole world!!! What about portuguese teams? How are you my ugly friend? Baci"

I reply:
"Ciao fratello! Con mi, tuti va bienne. Mi manqui un picolo tu testa di catzo ma espeto tu jornata a Portugallo! What italians are u talking about? Does Inter have them?"

Fabiano reply:
"Che cazzo! Questa volta hai regione! Sono contento di sentirti!!! Ti mando una grossa strizzata all'ucello!!!"


Ok... I sent a sms with some kind of italian, I could read and understand fully the first reply of Fabiano. On the second SMS I understood until the last sentence:


"Ti mando una grossa strizzata all'ucello" Ok, switch on the laptop and let's translate with our friend Google.

First try: Italian-Portuguese
"Estou enviando-lhe um grande aperto com as aves" (No fucking sense!! Talking about birds or some shit!!)

Second try: Italian-English
" I am sending a big squeeze to 'birds!" (the same fucking birds talk... for sure isn't right I tough!)

So I made a images search on google: See your self HERE.

:)))))

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

By "Mesi"

WoooooooOOOOooo
CONGRATULATIONS!!!!!!!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Denmark

Today it's the 28th of January, 2010. 3 years ago, I felt for the first time the power of an airplane taking off. I was leaving Portugal to study abroad ... and much more !! :)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A diferença entre ter sol a pontapés ou não ter...

A placa, numa rua do centro de Reykjavík chamada Posthússtræti (Rua do Correio), que se encontrava fechada para carros naquele dia, dizia: “Posthússtræti fechada por motivo de tempo bom”

in: http://www.vidanaislandia.com/

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

my map..

It's also on the side bar, but because it's new, I made a post so everyone can see it.

Tip: zoom in over Europe, because... I never been out of my backyard... :(

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ducks




I miss u !!!
Posted by Picasa

terça-feira, 28 de abril de 2009

Italy trip

Sorry too all my international friends... but I will write this one in Portuguese. Maybe later I will translate it.

Estamos a meio da semana. É Quarta-feira e ainda é cedo, mas a vida no Porto já mexe. Até aqui já andei a pé com a mala e depois apanhei o BUS 204. O 204, que veio substituir o mítico 39 que me levava ao ISEP. Sai na Casa da Música e apanhei o metro.

Já na trindade encontrei o Mário da Feup que achou que eu ia para aulas. :))) Desci encontrei-me com o José Guimarães. Ele ainda não tinha bilhete e por isso fomos em direcção ao aeroporto com a Joana Sousa a ir lá ter. Daí a pouco la estávamos de novo no Francisco Sá Carneiro para mais uma viagem. :) A rotina repete-se: o chichi para a viagem e carregar o telemóvel no mesmo MB de sempre.

Daí a nada a comitiva tuga está reunída. Eu, o Zé, a Joana, a Cavalcante (mais à frente Mila), o Lourenço e o João.

Bem... nem toda... o nosso docente responsável pela delegação entrou muito forte em jogo e parecia estar atrasado. Depois mais atrasado parecia estar e já por fim prestes a perder o voo. Lá fui ao balcão da TAP pedir informações confidenciais sobre esse tal de Mário Valente e se já tinha aparecido no balcão. Meu espanto, quando me dizem que o nosso MV já fez o check in no balcão VIP da TAP, mesmo tendo um bilhete de classe económica. Lá nos apressamos e seguimos pela segurança e depois porta de embarque. Mr MV está refastelado numa cadeira junto da porta de embarque e ainda nos diz que estava a ver que nós todos não vínhamos!! :)

Lá embarcamos do Porto em direcção a Roma. Cidades Papais.

Chegados a Roma o plano é tentar ir ao centro nas duas horas e pouco que temos. A Mila tem passaporte Brasileiro e é logo mandada parar pela Polícia Italiana. Não foi isso que nos atrasou, mas o certo é que tivemos que sair do comboio que nos levaria ao centro de Roma, comer uma fatia de pizza e voltar de novo para o aeroporto. A Mila rouba uma coca-cola e insiste que foi oferecida. A polícia Italiana já desconfiava dela antes dela se tornar numa criminosa!! :D A Joana é cúmplice que eu vi - mas eu não!!

Chegados ao aeroporto o MV surpreende-nos novamente enquanto esperamos que façam qualquer coisa no avião que aparentemente terá sido a substituição de um pneu. (quem nunca teve que mudar um pneu que diga!). Então estamos nós sentados junto da porta de embarque com sinais de aborrecimento quando esse fantástico MV origina o seguinte discurso:

- Olha, vocês querem ver o que eu arranjei ? Uma autêntica pechincha ! Isto é mesmo... se vocês quiserem... é que isto é mesmo uma pechincha. Em Itália compra-se mesmo barato. - insiste em anunciar o MV

(momento em que ele abre o saco e mostra-nos duas bolas de futebol dos chineses vazias)

- 5 euros cada bola. Isto há coisas. Mesmo uma pechincha ! - Gaba-se o comerciante MV
- Oh Professor, mas tem netos é ? - pergunta inocentemente o Zé Guimarães esperançado de perceber quem é que vai a Itália comprar duas bolas de futebol de qualidade duvidosa
- Não, não tenho. Mas é que isto é mesmo uma pechincha. Eu já sabia que em Itália se comprava muito bem. - argumenta orgulhosamente o MV


Findo este diálogo e alguma troca de olhares por parte daqueles que ainda tentam aprender nas escolas com os que deveriam ensinar, dispersámo-nos para não nos rirmos ali à frente do Mário Valente.

Finalmente em Nápoles temos uma Italiana toda produzida à nossa espera no aeroporto. Bella Figa ;) Ficamos a perceber que vinha mais gente no mesmo avião para o fórum, incluindo os Espanhois. Mais tarde o professor da delegação Espanhola confessa-me que mal nos viu a jabardar no avião achou que íamos para o mesmo destino. :)

Seguimos de autocarro para o hotel e precisamos de um banho urgentemente. O hotel é um edifício antigo, mas requalificado e tem bom aspecto. Dizem-nos que jantar é às 8:00 e como são quase 9:00 não nos devemos demorar nos quartos a pousar as malas: banho vai ter que esperar!

Os quartos têm muito bom aspecto e o mini bar impressiona-me. Pouso as tralhas e troco de t-shirt para disfarçar o suor. Em pouco mais de 10 minutos vamos para baixo. O MV espera-nos já com mais uma movimentação rápida. MV, que terá já perto de 50 anos diria eu, tomou a ousadia de se sentar numa mesa com três lugares vazios. Com tal cenário procuro uma mesa com lugares suficientes e a melhor hipótese é ficarmos em duas mesas contiguas. Enquanto isso, MV mostra o seu fantastic francês a uma Marroquina professora e chefe de uma delegação. Na minha mesa, sou eu e o Lourenço e quatro muçulmanos. Deduzo que não vou ver carne de porco nestes dias em Nápoles.

To be continued ...



http://www.mediterraneanyouthforum.eu/english.html

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A few videos from my trip to Italy

This videos were recorded with my mobile, so don't expect a HD video. :)
First videos is a cross road at Naples. Is not an India's cross road, but for sure is not a normal cross road for an European city.




On this second video, you can listen the birds from Naples. :) It was amasing how this sound was always on the air. Incredible ! (you can listen better in the 2nd half of the video)




Mostafa VS Dona Mila !! :D


( Emilia, sorry but it was a very very funny moment!!)


terça-feira, 14 de abril de 2009

Erasmus still in touch !!

After just a few days to be with Fabiano, I got this e-mail. We meet in 2007, but we still in touch !! :)



Data: Tue, 14 Apr 2009 21:41:42 +0200 [21:41:42 CEST]
De: Maria Hernandez Hernandez
Para: alex@
Assunto: RE: Erasmus | ;) Odense


Thanks a lot!!!

and, HAPPY BIRTHDAY FOR YOU TOO!!!


I'm with Iro in spain and on Saturday we remembered your birthday, but at the end we forgot to send you and email, we sorry

so HAPPY BIRTHDAY FOR BOTH OF US AND A LOT OF KISSES!!!!

segunda-feira, 16 de março de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

Nápoles aqui vou eu !!! :))))


Cara Carla,

É com muito gosto que encaminho a mensagem recebida do Coordenador da Uorm - Campania Region com o convite final para participação no “Mediterranean Youth fórum”, dirigido aos seguintes candidatos da FEUP que foram seleccionados:

Docente:

Prof. Doutor Mário Valente Neves

Estudantes:

Joana Filipa Patrício Sousa

Lourenço Gonçalves

José Alexandre Fernandes

José Guimarães

Aproveito para informar que o convite foi já enviado directamente aos participantes seleccionados pela entidade organizadora. No entanto, após verificação de todos os endereços electrónicos, verifiquei que o e-mail do José Alexandre Fernandes para o qual foi enviada a mensagem continha um erro, pelo que lhe estou a enviar igualmente esta mensagem dando confirmação da sua selecção.


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O
Mediterranean Youth fórum é em Itália, Nápoles dias 27 e 28 de Março. A Universidade do Porto acho por bem que eu fosse um dos quatro alunos a representar a UP e portanto de 25 a 28 de Março vou estar em Nápoles a convite da Regione Campania.

:))

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English explanation:
I will be at Naples, Italy from 25th to 28th of March !!

Free accommodation and trip payed by someone in Italy that I don't know exactly who ! :P

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

HOLLAND


Há um ano atrás chegava eu a essas terras baixas que são as Holandias... Bom seis meses. :) Enriquecedores e sem dúvida que mudaram a minha vida. Se por cá tivesse ficado algumas coisas não teriam acontecido como aconteceram.

A foto foi tirada no StayOk Hotel onde dormi as primeiras noites. Sítio engraçado e onde me senti bem. Conheci dois rapazes lenhadores que lá estavam para podar as muitas árvores à volta do Hostel. Simpáticos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

DANMARK

Two years ago, on this day, I was landing in the land of Hans Christians Anderson. It changed my life for ever. Denmark is in my heart.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Strange things in our europe



Well, because many people complain that they don't understand Portuguese, I am going to try to write a little bit more in English.

I took this picture em Rotterdam, and if you look close you will see why I took it. Is just a normal shopping of C&A, but if you look to the "door push" - that's why I prefer in my native language - you can see that inside of the store there is a McDonald. My first impression is that probably is an horrible smell inside, but after I just realize ... there can be a Mcdonalds everywhere, so let's just get use to it.


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