Como o objectivo é festa, um dia antes preparei toda a roupa que achei necessário para uma semana erásmica naquilo que viria a ser provavelmente um sonho. Os meus bens essenciais para estes 7 dias pesam 8 leves quilos. Sorrio e penso no Dani que nos vai dar alojamento. Ninguém falou nos e-mails em levar o que quer que fosse, mas era óbvio que toda a gente ia levar o que pudesse no que toca a alcool e a tabaco.
20 latas de meio litro envolvem a roupa na minha mala. Sorrio orgulhoso sem saber o que se iria passar dentro da mala. A manhã está fantástica e dou início a mais uma viagem. Desta vez o destino é mítico. Odense. O arrepio percorre pelo corpo todo só de pensar enquanto escrevo. São dez minutos até à estação com a mala a rolar pelo chão. Depois do percurso pedestre, vem o comboio. Tenho que mudar em Utrech de comboio. Simples e fácil. Estou, como habitualmente, com dois Steps de segurança. Caso perca um dos comboios tenho outros dois. Se perder dois comboios fico em cima da linha para perder o avião.
Não perco nenhum dos comboios, e estou no que julgo ser o segundo maior aeroporto do nosso velho continente. A plataforma dos comboios é por debaixo do aeroporto, tal como o metro é no aeroporto do Porto. Subo pelas escadas rolantes e no ar vê-se um crepitar de todas as conversas que por ali pairam. É a primeira vez que estou neste enorme aeroporto e não consigo ir muito mais além do que o fim das escadas rolantes. Há uma enorme fila. É uma semana excelente para os holandeses tirarem férias, e muitos vão pra uma quinzena, porque são muitos os feriados nos próximos dias. Tenho duas horas e meias até o check in fechar e a fila dá sinais de andar. Fico tranquilo e sigo os restantes cordeiros. A fila vai andando e daí a nada estamos fora do aeroporto. Mais à frente voltamos a entrar no aeroporto, e depois descemos um andar. Já se vêm os balcões do check in. Serão cerca de 20 balcões, e umas 40 máquinas de check in automático. É um pandemónio e em todo lado há o Chico-Esperto que não está a dar conta que está a passar alguém. É aquela confusãosinha que se quer mesmo quando se vai de férias. :P Finalmente consigo fazer o check in, e tenho de ir de imediato para a porta de embarque, pois o check in já fechou.
O voo é tranquilo, e curto. Não tentam vender nem impingir nada. Oferecem coca-cola e café, e bolachas. Nota-se a diferença.
O aeroporto de Copenhagen está igual, e para ir buscar as malas é preciso atravessar todo o aeroporto, passando pelo que parece ser as catacumbas do mesmo.
Pego na mal e cheiro problemas. Há um odor que me deixa com pressentimento que vou ter que fazer a laundry quando chegar ao Rasmus Rask. Tenho um litro de cerveja holandesa na roupa. Vou ao quarto de banho e livro-me das duas latas vazias.
Pego na mala, e sei o sentimento que se segue. Antes das portas automáticas se abrirem já se vêm as sombras dos familiares e amigos numa ansiosa espera que as portas mostrem mais passageiros. Eu apareço confiante e em passo certo, pois certo estou também que não lá está ninguem à minha espera. Vou directo ao guiché da DSB para comprar o bilhete de comboio. Olho à minha volta e as imagens correm pela minha retina coincidindo com as mesma que senti quando pela primeira vez ali estive. É inevitável sentir um aperto no coração e o arrepio na espinha é o sinal que a semana começou.
Tenho explicar que quero um bilhete válido para três dias, com os dias à minha escolha e válido por um mês após a primeira utilização. A gorda da mulher não percebe e a fila começa a crescer de gente impacientemente educada. Volto a explicar mas não sou feliz. Por fim a mulher já irritada diz que ela sabe muito bem que tipo de bilhetes há e os que não há. Eu digo-lhe que o bilhete que quero, já o comprei uma vez e por isso não nos estamos a entender. Mas não estou para a aturar e compro outro tipo de bilhete, ligeiramente mais caro.
Desço para a plataforma, onde em Janeiro de 2007 calcei as luvas e abracei o meu cachecol azul. O vento soprava de forma constante e fria. Não sabia o que raio fazer e atrelei-me a um casal com um bebé que acabou por sair uma ou duas paragens antes de mim.
Mesmo sabendo, gosto de ir perguntando, pois vou confirmando e conhecendo mais gente. A viagem é longa e a paciência é curta. A ansiedade é grande e daqui a pouco estou na estação de Odense.
O comboio pára finalmente no meu destino final e sinto-me feliz por estar de volta. É bom voltarmos onde nos sentimos bem e onde conhecemos as coisas. Ligo ao Dani e insulto-o amigavelmente por ele ainda não estar à minha espera. O coitado vem a caminho do Rasmus Rask só para me dar um abraço e me dizer qual é o autocarro, pois eu tenho a mala e temos que voltar em transportes diferentes.
Pouco depois lá chega ele na sua nova bicicleta e duas Grolsh Kanon são abertas, quentes, para festejar o acontecimento. Odense é sem dúvida a cidade Erasmus. À espera do autocarro estão cerca de 10 polacos que devem ter à volta de 18 anos e estão carregados para vários dias !
O Dani leva a minha cerveja, mas quando nos encontramos no Rasmus ele já acabou com as duas. Já no Rasmus vem ter conosco a Iro e uma amiga nova. É a loucura.
Tenho explicar que quero um bilhete válido para três dias, com os dias à minha escolha e válido por um mês após a primeira utilização. A gorda da mulher não percebe e a fila começa a crescer de gente impacientemente educada. Volto a explicar mas não sou feliz. Por fim a mulher já irritada diz que ela sabe muito bem que tipo de bilhetes há e os que não há. Eu digo-lhe que o bilhete que quero, já o comprei uma vez e por isso não nos estamos a entender. Mas não estou para a aturar e compro outro tipo de bilhete, ligeiramente mais caro.
Desço para a plataforma, onde em Janeiro de 2007 calcei as luvas e abracei o meu cachecol azul. O vento soprava de forma constante e fria. Não sabia o que raio fazer e atrelei-me a um casal com um bebé que acabou por sair uma ou duas paragens antes de mim.
Mesmo sabendo, gosto de ir perguntando, pois vou confirmando e conhecendo mais gente. A viagem é longa e a paciência é curta. A ansiedade é grande e daqui a pouco estou na estação de Odense.
O comboio pára finalmente no meu destino final e sinto-me feliz por estar de volta. É bom voltarmos onde nos sentimos bem e onde conhecemos as coisas. Ligo ao Dani e insulto-o amigavelmente por ele ainda não estar à minha espera. O coitado vem a caminho do Rasmus Rask só para me dar um abraço e me dizer qual é o autocarro, pois eu tenho a mala e temos que voltar em transportes diferentes.
Pouco depois lá chega ele na sua nova bicicleta e duas Grolsh Kanon são abertas, quentes, para festejar o acontecimento. Odense é sem dúvida a cidade Erasmus. À espera do autocarro estão cerca de 10 polacos que devem ter à volta de 18 anos e estão carregados para vários dias !
O Dani leva a minha cerveja, mas quando nos encontramos no Rasmus ele já acabou com as duas. Já no Rasmus vem ter conosco a Iro e uma amiga nova. É a loucura.
No dia seguinte o sol entra pelo quarto e constantamos que acabámos por ficar no quarto e não conseguimos ir à festa no "The Larmer". A Iro ainda lá apareceu, mas eu já dormir aterrado depois da viagem e da Grolsch Kannon.
O Dani tem que trabalhar nos três primeiros dias, o que implica levantar-se às 5:30 da manhã. Estou por minha conta. Hoje chegam alguns gregos do primeiro semestre que eu não cheguei a conhecer. Estou de pé a trás, porque sem dúvida, a cultura grega é diferente da nossa. Os nossos defeitos, enquanto portugueses, de falar alto e fazer as coisas relaxadamente no tempo, são ampliados nos gregos e o sentido de responsabilidade deles não é o seu forte.
O Dani tem que trabalhar nos três primeiros dias, o que implica levantar-se às 5:30 da manhã. Estou por minha conta. Hoje chegam alguns gregos do primeiro semestre que eu não cheguei a conhecer. Estou de pé a trás, porque sem dúvida, a cultura grega é diferente da nossa. Os nossos defeitos, enquanto portugueses, de falar alto e fazer as coisas relaxadamente no tempo, são ampliados nos gregos e o sentido de responsabilidade deles não é o seu forte.
A Cristina é a próxima a juntar-se, e eu e o Dani temos vindo a mentir-lhe ao longo da semana e evitado falar com ela do Skype. O Dani explicou-lhe que tem que trabalhar no dia seguinte. Ela chega tarde e não dá para a ir buscar. Não adiantámos qualquer informação e ela acredita que esteve a falar com um colega de quarto do Dani que muito desconfiadamente lá lhe deu o número do quarto. Eramos nós em mais uma partida. Ela sabe que tem dois minutos desde que o comboio pára para atravessar a estação e entrar no último autocarro para o Rasmus Rask que fica a 5km fora da cidade, onde ela apenas foi algumas vezes anteriormente e nunca lá foi estudar...
Claro que eu e o Dani arranjámos o que lhe chamámos de "Welcome pack". Uma bicicleta cor de rosa que encontrámos a metros da estação sem cadeado. Uma cerveja Odense Classic, um Grolsch Kannon, 20 bandeirinhas dinamarquesas e um preservativo para "placa placa".
As fotos abaixo foram tiradas momentos antes do comboio parar.
Os videos que se seguem têm palavras obcenas em múltiplas línguas. Estejam atentos e vejam o rato (Cristina) a fugir, porque eu estava lá e não dei conta do que se vê no video a fugir !
Era suposto ela ter-se esbarrado com a bicicleta, que toda a gente que saiu do comboio viu, mas ela não... :P
Depois de a termos chamado de volta, quando ela já ia no cimo das escadas rolantes !!
The explanation by Cristina:
Everyone who know this little and dangerous Spanish girl can imagine by her face in the photo how happy and crazy she was !! Of course who doesn't have the hurricane pleasure of met her can take a look in the links above and will get a small idea.
"I want to take it to Spain ! ... I will take it !! I don't care. I will send it. It's fucking good !! " - Cristina about the bicycle, while she was still in shock from the surprise. Typical from Cristina: Idea -> Reaction -> Think -> Keep the reaction !
So, even if it's quite expensive to send a bicycle to Spain, I really don't want to bet were is this bicylce now!!
Details on this photo: Hand creme mixed with the food and World Map on the wall.
Information: Dani, you are fucking fat !!
Curiosity: Ikea table - real this is a IKEA model, but from the Rasmus IKEA Rask
Sorry Justyna, but next moments must to be in Portuguese. You can do it here. Dobra ?Hoje é o 1º Maio, e ao contrário do ano passado nem o tempo está de verão, nem estamos no parque principal porque foram deitados ao rio peixes e o parque está fechado. Não choveu neste dia, mas soprava um vento que nos obrigava a ter o casaco vestido. Só logo à noite a Justyna junta-se a nós apesar de já ter chegado a Odense. Veio com dois amigos, um Francês e uma Romena, e está numa mini visita guida.
Enquanto isso encontramos velhas personagens (Wiking da foto). Não creio que ninguém saiba o nome dele e dos amigos que o sempre acompanhavam. Toda a gente os reconhece porque festa atrás de festa lá estavam eles por lá e ao fim de algum tempo já toda a gente os tinha visto tanta vez que mesmo sem falar já os conhecia. Na foto, pode-se ver lá ao fundo um bêbado a mijar contra a parede. :P Detalhes ! :D
A Justina tem um casamento daí a alguns dias na Polónia e contra o costume foi ao solarium. Está sem dúvida mais gira do que o habitual. Digo-lhe isso mesmo, mas peço que não vá ao solarium. Agora ninguém nos pára e a festa vai ser imparável.
Amanhã, temos o jantar no CMK e é a minha última noite. A malta por lá queixa-se que este ano as festas não são como as de 2007, mas hoje à noite eles vão ter provavelmente a melhor noite do ano. Nunca juntámos tantas mesas numa só casa para um jantar. 8 mesas numa sala onde é suposto estarem 2. Toda a gente do CMK está convidada, incluindo a Ghost House. Acrescenta-se os erásmicos de 2007 e temos casa cheia. Para a festa, todas as residências foram convidadas e durante a noite anterior anunciámos a toda a gente no A-BAR. É tanta a gente que às 5 da manhã ainda há gente no jardim por não have espaço dentro de casa. The party house, 107, is again alive !
Já é dia, e deixo a festa em direcção ao Rasmus Rask para tomar um banho e pegar na minha mala. Tenho um avião para apanhar e deixar este incrível mundo erásmico para trás. A caminho da paragem do autocarro, chamam-me. Olho para o lado e vejo a Melinda (Hungara) e o Jesus (SP) a dormir num colchão no meio da estrada. Perguntam-me onde vou, e enquanto lhes explico, a Melinda sorri e vê a fita da Messi na minha mala. Brinco com ela e digo que é uma fita Italiana, mas ela sabe que não. :)Não faço a mínima ideia a que horas passa o autocarro, quanto tempo demora ou sequer se passa. Também não faço a mínima ideia que comboios há hoje para Copenhagen, e só me apetece dormir. Procuro na paragem e parece-me que estou com sorte. 5 minutos e passa um BUS pro sitio onde quero ir. Um casal da minha idade chega e também eles olham para a tabela dos horários. Concluem o mesmo que eu, e dizem-no na mesma língua. São Portugueses e vieram visitar um erásmico. :) Vão para o mesmo aeroporto que eu e o avião deles é quase à mesma hora que o meu. Eles têm tudo controlado e sabem perfeitamente que estão a tempo de apanhar o avião. Estou mesmo com sorte e em agradecimento pago-lhes o pequeno almoço no aeroporto pois eles não têm Coronas Dinamarquesas.
Foi sem dúvida uma semana inesquecivel. Muito bom. :D

