And time to London calling Viajar enche-nos a alma, eventualmente esvazia-nos os bolsos, mas faz-nos felizes!
É inevitavel, pelo menos até à data, mas para mim dormir em locais improvaveis, em condicoes improvaveis deixa-me com um sorriso satisfeito.
Algures num Enterro em Braga muito antes da Holanda ou da Dinamarca foi aberta a porta para este post. O Chocapic conheceu a Maria (nome fictício a pedido da vítima) A Maria acabou o curso, foi para outra cidade e alguns anos depois (em 2012) disse adeus ao trabalho seguro, bem pago, bem visto, bem cobiçado e veio para Londres. Estamos já na segunda casa da Maria e em breve vai para a sua nova casa. Esta é uma verdadeira casa de forasteiros. Não parece imperar grande regra senão o apelo constante à tolerância. Percebo que o ambiente é semelhante a um trapezista que caminha em direcção à grandeza do sucesso com a certeza que o falhanço lhe aguarda o abraço.
É demasiada gente, demasiados convidados e provavelmente demasiada rotatividade entre os que ficam e os que partem. Este espaço não vai ficar para o ano seguinte e já não há preocupação em fixar a fuga de água no quarto de banho. Chegámos tarde e já toda a casa dorme. Aqui todos vieram para Londres para trabalhar, à procura de muito. Compreensivelmente todos lutam para juntar dinheiro e manter a busca de um emprego menos precário e mais na sua área, em Inglaterra.
Apenas o graffiter parece fazer o que gosta. Todos os outros trabalham para manter o trapezista sem cair.
Londres prepara-se para os jogos olímpicos, mas a chuva não pára. A cidade está em obras sempre constrangedoras para o dia a dia, mas a capital britânica tem já cálo de receber milhões de turistas, e por isso a grande diferença está na requalificação da zona mais degradada.