A porta do avião abre-se e vejo o calor quente e agradável do sol a invadir o avião, que me faz orgulhosamente sentir-me ansioso. Caminhamo-nos para o fim do tradicional mês acalorado e relaxante de Agosto onde todos os santos dias choveu na Holanda. Estou farto de viver no medo incerto duma chuva fria e húmida que nos deixa colentos às roupas. Inspiro um sorriso mal o sol me cumprimenta acaloradamente. Sinto-me em casa, estou em Valência. Brigas entre o norte e o sul desaparecem quando nos cruzamos em Barcelona ou Madrid, e encarnamos um espírito unido e forte de Portugueses. O mesmo se sucede quando se vive em culturas do norte da Europa onde o relógio tic taca de nariz empertigado sem tempo para desculpas ou falta de organização. Ao longo do tempo que fui escrevendo estas letras soltas, conheci gente de vários países e da Europa. Excluindo a Turquia que são outro tipo de civilização, agrada-me agrupar Portugal, Espanha, Itália e Grécia, num conjunto de mentalidade, cultura bem disposta e irresponsável sulista. Aos meus olhos, somos sem dúvida um povo que puxa parafuso ao relógio para que o tempo pare numa mestria de fura esquemas, típica de quem luta pelo esforço de não se esforçar.

Caminho feliz pela pista, retardando a passada no egoísmo puro de quem quer travar o sabor do momento retendo-o na memória dos olhos.
Pego a minha bagagem (sem talões ou complicações - tal como no Pingo Doce) e vou, em passo relaxado, pelo corredor de acesso à zona das chegadas. É sempre um momento marcante das viagens intermédias, o abrir das portas automáticas apunhalando as esperanças de todos aqueles que impacientemente tentam ver um rosto conhecido enquanto eu saio sem ninguém procurar.
Desta vez as portas deslizam lateralmente e a multidão levanta placas com nomes e marcas de automóveis. Arregalo os olhos e deliro com a minha presenta fugaz no grande circo da fórmula um. As equipas já estão em Valência para o primeiro grande prémio de Valência...............
Olho os olhares que miram na minha direcção e ouço "Heikki, Heikki !". Um fracção de segundo, instintivamente, olho na minha proximidade e arregalo os olhos por ir na mesma passada que o Heikki Kovalainen, piloto de Fórmula 1. Como fan de Fórmula 1 peço-lhe que tiremos uma foto para recordação, assumo-me 100% TIFFOSI, mas desejo-lhe boa sorte para o resto do campeonato, afinal não lhe tem corrido lá muito bem. Ele, com ar espantado, recusa que o campeonato lhe esteja a correr mal e eu encolho os ombros.
Pego a minha bagagem (sem talões ou complicações - tal como no Pingo Doce) e vou, em passo relaxado, pelo corredor de acesso à zona das chegadas. É sempre um momento marcante das viagens intermédias, o abrir das portas automáticas apunhalando as esperanças de todos aqueles que impacientemente tentam ver um rosto conhecido enquanto eu saio sem ninguém procurar.
Desta vez as portas deslizam lateralmente e a multidão levanta placas com nomes e marcas de automóveis. Arregalo os olhos e deliro com a minha presenta fugaz no grande circo da fórmula um. As equipas já estão em Valência para o primeiro grande prémio de Valência...............
Olho os olhares que miram na minha direcção e ouço "Heikki, Heikki !". Um fracção de segundo, instintivamente, olho na minha proximidade e arregalo os olhos por ir na mesma passada que o Heikki Kovalainen, piloto de Fórmula 1. Como fan de Fórmula 1 peço-lhe que tiremos uma foto para recordação, assumo-me 100% TIFFOSI, mas desejo-lhe boa sorte para o resto do campeonato, afinal não lhe tem corrido lá muito bem. Ele, com ar espantado, recusa que o campeonato lhe esteja a correr mal e eu encolho os ombros.
O dia iria terminar da pior maneira com a queda do Avião da Spainair no aeroporto de Madrid que eu só por sorte não escolhi para este regresso. No momento da foto, ninguém parecia estar a par do que se estava a desenrolar no aeroporto de Madrid, não muito longe dali. Tristes factos que me fazem pensar que a sorte é afortunada e o azar um fado.
